Evangelion - Traduções espelidas


O artigo Evangelion - Traduções espelidas foi publicado originalmente no blogue amilgz.blogaliza.org em 29 de setembro de 2007.


Acabo de ver a série Neon Genesis Evangelion dobrada pola TVG. Antes de nada, agradecer aos dobradores da Galega a oportunidade de desfrutar dum anime magnífico como este na minha língua.

A série em si é mui boa, consta de 26 capítulos mais duas longametragens (Morte e renacemento e O final de Evangelion). O bom que tem é que nom é para mentes simples, faz-te pensar nas cousas, replantejar-te a vida, reparar en cousas nas que nunca repararas… se és algo espelido. Os 24 primeiros capítulos som a série em si, o grosso, e depois temos dous finais:

  • O final dos capítulos 25 e 26, o mais complexo e ao tempo o que dá mais que pensar. Eu gostei deste final muito, ainda que a gente do comum nom o entendesse e lhe parecesse uma bosta. Deixa mais para a imaginaçom e para a reflexom.
  • O final que continua com a longametragem Morte e renacemento, onde resumem a história dos 24 capítulos com detalhes que dão pé ao outro final. O final de Evangelion é esse outro final, algo mais ao alcance da gente média. É mais singelo, ainda que para entendê-lo em toda a sua extensom cumpre reparar em infinidade de detalhes.

Quanto à traduçom e à dobragem, queixar-me de que mudassem certas voces nas longametragens a respeito dos capítulos. A voz de Gendou Ikari é boníssima nos capítulos, e nos filmes perde algo ao lhe trocar o dobrador. Pola mesma, as cenas que se repitem na série e em Morte e renacemento foram traduzidas de novo. Assim temos multitude de frases, como a de “centro o objectivo… e disparo!”, que Shinji repete várias vezes na série quando está a aprender a disparar, que em Morte e renacemento é “centro o objectivo e aperto o gatilho”. Outra diferença entre a série e as longametragens é a pronúncia de certos nomes, assim Magi e Tókio som “Malhi” e “Tóquio” na série e “Magui” e “Toquío” no filme.

Outras vacilações que se dão ao longo de todo o anime som, por exemplo, o nome do Geofront (pronunciado “Fronte Gueo”, “Lheofront” e “Xeofront”) e da lança de Longinos (“Lonxinos” e “Longhinos”). Algum outro erro há na forma de se referir aos EVA (chamam-nos sempre “os EVA”, em masculino, mas às vezes refirem-se a “eles” como “elas”). Têm algum castelhanismo como “élite” (elite) ou “convertir” (converter), e actualmente há uma tendência polo uso de formas como “com nós” (connosco), “ventá” (janela) ou a pouca próclise após preposições.

Outro detalhe é que Shinji n’O final de Evangelion, trás masturbar-se, diz “estou amolado”, ao invês de “dou nojo”, com o que nom se compreende de tudo a última frase do filme, “que nojo”.

Só resta dizer “mui agradecido” e se tens gana de ver a série em galego, vai aqui:
https://www.osarquivosdameiga.com/

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